Era um duelo de dois goleiros já rotulados pela irregularidade. Mais Fábio Costa do que Felipe, em virtude daquele estar a mais tempo no futebol. Na partida de ontem, final entre Santos e Corinthians pelo Campeonato Paulista, Felipe foi melhor não somente porque seu time venceu por 3 a 1, mas também porque teve influência direta no resultado positivo de seu time.
Ao menos em duas intervenções, ainda no primeiro tempo, Felipe foi decisivo. Parou Kléber Pereira em uma situação 1 vs 1. Esperou até o último momento a definição do atacante, como manda o livrinho, e deu o bote certeiro nos seus pés. Na sequência teve tempo de recuperação suficiente para fazer nova defesa na conclusão de Neymar. Mostrou agilidade e reflexo nessa jogada.
Minutos mais tarde salvou uma cabeçada no pé da trave. Teve uma boa impulsão lateral e ainda teve sorte que a bola bateu no poste, mas não entrou. No lance do gol, talvez um pouco inflado pela boa atuação, tentou adivinhar a jogada ao antever um cruzamento que não existiu. Assim a bola foi direto ao gol. Errou por excesso de confiança.
A atuação de Fábio Costa pode ser contestada em dois dos três gols sofridos. No gol de Chicão de falta, a bola entrou no seu lado da barreira. Fábio tentou antever e cobrir a barreira. Quando tentou voltar, era tarde.
No terceiro gol, a pintura de Ronaldo, Fábio demorou de mais para voltar ao posicionamento correto. Quando Ronaldo dominou a bola, antes de cortar e encobrir o goleiro, havia tempo suficiente para voltar, no mínimo, até a risca da pequena área. Nessa jogada o goleiro mostrou pouco tempo de reação e falta de agilidade. Mais um capítulo negativo na história de altos e baixos da carreira do goleiro.
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