*por Fábio Fernandes
Ele tem nome de goleiro. Sua grafia facilitava a empolgação dos narradores.
Reflexo apuradíssimo em todas as fases de sua carreira.
Às vezes parecia lento, que não chegaria na bola, mas sempre tinha êxito em suas defesas.
Desfilava e mostrava sua categoria não só na técnica, mas também na vestimenta. Destoava com suas camisas importadas, que recebia do patrocinador. Foi um dos primeiros goleiros no Brasil a ter patrocínio pessoal para luvas e equipamentos. Tanto que posteriormente licenciou a marca para distribuição no mercado nacional.
As meias e calções pretos combinados com suas camisas de diversas cores faziam dele um goleiro sempre elegante e diferente dos demais.
Gilmar Luis Rinaldi, nasceu na cidade de Erechim no Rio Grande do Sul em 13 de janeiro de 1959. Iniciou sua carreira no Internacional de Porto Alegre em 78, ficando até 85, quando foi transferido para o São Paulo Futebol Clube. No time paulista conquistou seu primeiro título nacional em 86 numa final eletrizante contra o Guarani de Campinas. Em São Paulo, conquistou também três Campeonatos Paulista.
No final dos anos 80, Gilmar começou a perder espaço no tricolor paulista, devido a forte concorrência. Primeiro do chileno Rojas e depois do ex-palmeirense Zetti.
Em 1991, aos 32 anos de idade, Gilmar foi contratado pelo Flamengo e fez ali talvez sua melhor fase como goleiro. Suas atuações o levaram a Copa do Mundo de 94 para a conquista do Tetra. É claro, como reserva, mas Gilmar passava a segurança e confiança de um grande goleiro que realmente era.
Conquistou também quatro campeonatos gaucho, um carioca, e mais um brasileiro em 1992.
Após a copa de 94, Gilmar foi jogar no futebol do Japão, local onde encerrou a carreira, como jogador.
Sua liderança e cultura fizeram dele um grande goleiro, e ainda contribuíram para sua carreira de empresário de jogadores, cargo que passou a exercer após sua aposentadoria.
Suas diferenças não paravam por aí. Sua categoria e liderança dentro de campo, o colocavam em destaque nos gramados brasileiros. Isso sem falar no bigode, marca registrada que Gilmar carrega até os dias de hoje.
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