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Foto do escritorFabio Ritter

Goleiros da história: O louco dos loucos

*por Fábio Fernandes


Ronaldo Soares Giovanelli começou no Corinthians (seu primeiro clube profissional), e em 1988 já estava no time principal como terceiro goleiro, atrás de Carlos e Waldir Peres.

No jogo de estreia (no mesmo ano) contra o São Paulo, já foi logo defendendo um pênalti de Dario Pereyra. Mas o que chamou a atenção de todos (e minha em particular), foi um chute da entrada da área que desviou na zaga corinthiana e ia encobrindo todos para entrar na gaveta, mas Ronaldo voltou e saltou de forma magistral dando um tampa na bola jogando-a para escanteio.

O Corinthians tinha um novo camisa 1, com 1,87m e apenas 20 anos.

Logo em seguida, Carlos (que estava machucado) foi vendido para o futebol turco e Waldir dispensado pelo clube.

Pela seleção brasileira jogou uma partida. Contra a Alemanha. Mas seu comportamento impediu que fosse convocado outra vez.


Nascido em São Paulo em 20 de novembro de 1967, Ronaldo era polêmico, explosivo e às vezes agressivo. Gostava de provocar, mas era seguro.

Devido ao seu temperamento, alternava altos e baixos. Não era comum, mas às vezes falhava, mas também praticava defesas consideradas impossíveis.

Era folclórico. Fazia ponte e se jogava às vezes sem necessidade, mas a meta já estava segura. Quando a bola fosse fácil, e sua área estivesse tranquila, nem agarrava, simplesmente matava no peito e deixava cair no chão.

Ficou no Corinthians por dez anos e sempre como titular. Neste período, conquistou o Paulista de 88, 95 e 97, o Brasileiro de 90 e a Copa do Brasil em 1995.

É o terceiro jogador que mais vestiu a camisa do Timão com 602 partidas.

Em 1998 com a chegada de Vanderlei Luxemburgo ao Parque São Jorge, Ronaldo não teve seu contrato renovado sendo transferido para o Fluminense.


Nas Laranjeiras ficou pouco e não teve sucesso. Jogou ainda no Cruzeiro, Inter de Limeira, Portuguesa, Ponte Preta, Gama, ABC de Natal, Metropolitano de Blumenau e Portuguesa Santista, time onde encerrou a carreira em 2006.


É considerado pelos torcedores um dos maiores goleiros da história do Corinthians.

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