*por Fábio Fernandes
Goleiro, 1,88m, italiano, barba cerrada, olhos azuis, meias pretas, calção preto, camisa escura (do patrocinador pessoal) com detalhes em verde, um semblante sério e debochado como nos filmes de máfia e uma liderança que dava total segurança para a equipe de Turim.
Estamos falando de Stefano Tancconi. Um goleiro da história da Itália, da Juventus, e do futebol mundial. Esteve na Copa do Mundo em 1990 e poderia até ser titular, se não fosse a competência e a grande fase do goleiro da Inter de Milão: Walter Zenga.
Tacconi era frio, como todo bom goleiro, mas presente. Às vezes dava a impressão de ser arrogante. Não sei. Mas se realmente era, utilizava isso em seu favor. Utilizava em favor de sua equipe e intimidava o adversário. Sua destreza e liderança o fizeram capitão da “vecchia signora”.
Nascido em Perúgia, capital da região da Umbria, Stefano Tacconi passou por várias equipes até despontar na Juventus.
Começou no modesto Spoleto despertando o interesse da Inter, mas não atuou em nenhum jogo pela equipe de Milão. Depois seguiu para o Livorno e Sambenedettense.
Em seguida foi para o Avelino, clube em que atuou por quase 100 partidas e ainda foi um dos responsáveis por mantê-lo na série A do campeonato italiano.
Em 1983 ele chegava à Juventus. Além de defender uma grande equipe, Tacconi teria uma responsabilidade ainda maior. O lendário e tri-campeão mundial Dino Zoff estava se aposentando. Zoff havia sido jogador da Juve por 11 anos. Tacconi ficou 9.
Pela seleção, não teve a mesma sorte. Chegou a participar da Eurocopa em 1988 e da copa do mundo de 1990, mas como reserva.
Já na década de 90, Tacconi sucumbiu a pressão e ao jovem Angelo Peruzzi que estava surgindo no gol de Turim. Genioso, não aguentou a reserva e se mudou para Genoa. Depois de algumas temporadas decidiu abandonar os campos de futebol. Tentou a vida na política, mas sem sucesso. Também se aventurou na Tv e no cinema.
Mas nunca abandonou seu temperamento forte e sua pinta da galã. Tanto que em 2008, aos 51 anos de idade, surpreendeu a todos retornando ao futebol como goleiro de um time semi-amador da Itália. Claro que foi influenciado a voltar a jogar pelo presidente do Arquata F.C., que é seu amigo pessoal. Mas para um goleiro nato como Tacconi, não deve ter sido muito difícil de convencê-lo.
Stefano Tacconi é sem dúvida um grande GOLEIRO DA HISTÓRIA, embora ele insista em ser um goleiro do presente.
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