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Foto do escritorFabio Ritter

Goleiros da História: Um maluco no pedaço

*por Fábio Fernandes


Todo mundo sabe que goleiro é um sujeito meio maluco. As vezes é até difícil de entender como pode gostar de tomar bolada, se machucar mais que os outros e ainda tentar estragar a festa do futebol. Impedindo o gol.

Mas para esse sueco, a dose de maluquice parece ter vindo em dobro.

Thomas Ravelli nasceu em 13 de agosto de 1959 em Växjö, pequena cidade situada no Sul da Suécia.

Começou aos 19 anos no clube de sua cidade, o Östers. Dez anos depois foi para o tradicional Göteborg, equipe que defendeu também por quase uma década.

No final dos anos 90, Ravelli jogou uma temporada no Tampa Bay Mutiny, equipe da Flórida nos Estados Unidos. Em 99 voltou para a Suécia para encerrar a carreira no clube que o revelou, o Östers.

Debochado, brincalhão, parecia estar em outro mundo. Não se apresentava concentrado no jogo.

Às vezes quando a bola ia para fora, Ravelli cobria o canto do gol e quando ela já estava longe, costumava saltitar e fazer caretas para a câmera. Isso aconteceu por várias vezes na Copa do Mundo de 1994, principalmente no jogo contra o Brasil que sua equipe perdeu por apenas 1 a 0 graças a sua ótima atuação na partida.


Quando a bola não estava em jogo, falava sozinho, fazia micagens. Apesar de seu jeito extravagante Thomas Ravelli foi um excelente goleiro. Passava tranquilidade à equipe. Era um líder nato.

Com 1,86m, foi um dos grandes responsáveis pela ótima campanha sueca naquele mundial, terminando a competição em terceiro lugar.

No jogo das quartas de final contra a Romênia, foi decisivo na disputa de pênaltis, defendendo duas cobranças.


Além das copas de 90 e 94, disputou a Euro de 92 em seu país, ocasião em que desbancou a França e a Inglaterra ainda na fase de grupos. Na semifinal a Suécia perdeu para a Alemanha por 3 a 2.

Em 94 ficou em segundo lugar no ranking dos melhores goleiros do mundo de acordo com a Federação Internacional de Histórias e Estatísticas do Futebol (IFFHS), e em 95 ficou em terceiro.

Tão grande era sua irreverência que recebeu o apelido de “Príncipe dos Palhaços”.

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