Todo goleiro bom precisa de sorte. Disso todos nós já sabemos. Mas quando essa sorte que muitos falam não acompanha o time todo, geralmente o goleiro também é afetado. O contrário também é verdadeiro. Vejamos os exemplos.
Neste Brasileirão Petrobras 2011, Flamengo e Atlético Mineiro vem fazendo campanhas bem distintas. Enquanto o rubro-negro fechou o primeiro turno na primeira colocação, beliscando a liderança, o Galo encerrou a participação em 19º, ou penúltimo lugar.
A última rodada deste primeiro turno, na qual inteligentemente foram alocados os clássicos regionais, mostrou que a fase vivida pelo time, também é refletida no goleiro.
Felipe, do Flamengo, brilhou mais uma vez e saiu pela nona vez sem levar gol em uma partida. Apesar de seu ataque não ter funcionado, o goleiro flamenguista fechou o gol no clássico diante do Vasco, garantindo seu time na ponta de cima na tabela.
Felipe jogou bem ao seu estilo, voador como sempre. Mas como o que importa é não levar gol, o goleiro fez a sua parte. Mesmo com um jogador a menos, a sorte esteve ao lado dele, que conseguiu segurar o ataque vascaíno.
Já na ponta de baixo da tabela, Renan Ribeiro, do Atlético Mineiro, não teve a mesma sorte. Seu time, que parece estar com uma zica daquelas neste campeonato, empatava até aos 43 minutos do segundo tempo, quando o craque Montillo marcou o 2 a 1 para o Cruzeiro.
Renan não esteve bem no chute. Repare que a bola, traiçoeira como todas essas bolas da atualidade, cai exatamente na frente da mão do goleiro. Assim, Renan apenas consegue desviar a bola que acaba passando por debaixo de suas mãos e morrendo no gol.
Todos nós sabemos da qualidade do goleiro, que ainda é novo e tem muito a crescer. No entanto, estar jogando nesta fogueira, em uma fase em que nada parece dar certo para o Galo, acaba impactando na performance do goleiro. Daremos tempo ao tempo, sem queimar um potencial goleiro para o futuro do futebol brasileiro.
Concluindo, posso afirmar que por melhor ou pior que seja o goleiro, dificilmente ele será maior que o seu time como um todo, como 11 jogadores. Afinal de contas o futebol é um esporte coletivo. E se todos estão remando para uma direção, dificilmente um jogador só remando para o outro lado conseguirá mudá-la. Seja essa direção correnteza abaixo, seja ela correnteza acima.
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