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  • Foto do escritorFabio Ritter

Goleiros ingleses: uma visão in loco


Desde o último dia 20 de setembro, me encontro na cidade de Liverpool, Inglaterra, para a realização de um MBA em Indústria do Futebol. Antes mesmo da minha vida, claro, procurei uma equipe amadora aqui da cidade para a disputa da Liga Amadora de Liverpool. O time se chama Old Xaverians (http://www.oldxaveriansfc.com) e atualmente está na terceira posição da liga.

Assim, venho treinando com o time desde o final do mês passado e pude ter uma breve noção dos goleiros ingleses e também do jogo de uma forma geral. O primeiro ponto que de cara chama a atenção e talvez explique o momento vivido pela seleção inglesa na posição é o fato dos times, com exceção dos profissionais, não possuírem treinadores de goleiro. É raro um time não profissional dispor de um preparador. Da mesma forma, as escolas de goleiros que existem não aprofundam os treinanamentos como no Brasil, por exemplo. Ou seja, falta treinador aqui para dar uma boa base técnica aos goleiros.

Com relação ao jogo, muito, mas muito diferente do brasileiro. Mesmo em nível amador, a correria é grande. Simplesmente não há tempo para respirar. Troca de passes entre os zagueiros, laterais, rodar a bola.. nem pensar. O lance é passe pra frente, jogo rápido e bastante cruzamento na área. Este é um dos pontos que mais se tem que treinar os goleiros aqui. Mesmo as saídas rasteiras, pois há muitos passes em profundidade.

Ontem, fiz meu primeiro amistoso e senti bastante a diferença dos jogos. Principalmente no tempo de bola nos cruzamentos e lançamentos na área. É usado muito o passe em profundidade no meio da zaga, já que aqui se joga em linha. Assim tem que se jogar bastante adiantado para sair neste tipo de lance. Outro fundamento bastante exigido é o jogo com os pés. Seguidamente a bola é recuada para o goleiro e este tem de distribuir novamente.


As vezes isso pode causar problema ao goleiro. Ao final deste amistoso, me recuaram uma bola de lateral. Após o primeiro quique, fui pegar de voleio, mas quando chutei a bola o atacante adversário veio solando com o pé mais do que alto. Chutei com tudo as travas da chuteira dele e desabei de dor no chão. Pra resumir a história, estou até agora colocando gelo no tornozelo que ficou muito inchado.

O jogo é muito mais disputado com entradas, que para nós brasileiros parecem falta clara, mas que para ele faz parte do jogo. Se não quiser me machucar de novo, tenho que me acostumar!


* Foto dos campos do Clube

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