O que tu preferes: um treino exaustivo sob o calor extremo de 40ºC no auge do verão brasileiro, ou um treino a temperatura em torno de 0ºC ou abaixo no ápice do inverno europeu?
Senti esse choque ao vir passar o final de ano no Brasil, vindo de temperaturas negativas e neve nas ruas. Lá, os pontos positivos de se treinar no frio é o fato do corpo não suar tanto, do corpo estar protegido pelas 250 camadas de roupas que temos que vestir. Por outro lado, o pé congela. Não é muito motivante também sair de casa para jogar sabendo que a lama nos espera. Além disso, o campo escorregadio prejudica o goleiro pois muda a velocidade da bola. Os morrinhos artilheiros formados pela lama são outra armadilha.
Já no calor do verão brasileiro, muitas coisas são o oposto. Primeiramente, quanto menos roupa melhor. Hoje com as cotoveleiras de neoprene, é possível se treinar com apenas uma camiseta. As calças 3/4 substituíram as pesadas calças compridas do passado. Por fim, uma meia de cano curto completa o traje verão.
No momento da prática, as forte temperaturas exigem um esforço maior do corpo e sugam muito mais líquidos. Os campos ficam duros e machucam as laterais do corpo. Com isso, dependendo do campo, o traje verão acaba não sendo válido, tendo o goleiro que voltar a apelar para as longas proteções e quase morrer de calor.
Logicamente, a temperatura entre 15 e 20º é a mais agradável para a prática do futebol. Mas quando os extremos acontecem, como na época atual, prefiro continuar com o nosso calor brasileiro. Uma proteção bem adequada deixa o goleiro mais seguro e evita as lesões dos campos duros. Além disso, o calor parece elevar o nosso ânimo. E, por fim, um bom banho gelado depois da partida serve para nos refrescar e encerrar com chave de ouro uma jornada no nosso calor tropical.
Comments